Bahia contabiliza saldo negativo de postos de trabalho
As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistematizadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), referentes ao mês de maio de 2015, apontam que a Bahia totalizou um saldo negativo de 7.419 postos de trabalho com carteira assinada. Tal resultado expressa a diferença entre o total de 55.795 admissões e 63.214 desligamentos. O saldo registrado em maio situou-se em um patamar inferior ao contabilizado em igual período do ano anterior (+8.205 postos) e representa o menor resultado da série para os meses de maio (2005-2015). É, também, inferior a abril de 2015 (-461 postos), incluindo as declarações fora do prazo.
Setorialmente, em maio, na Bahia, sete segmentos registraram saldo negativo: Serviços (-4.389 postos), Construção Civil (-4.306 postos), Indústria de Transformação (-874 postos), Comércio (-380 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública – SIUP (-126 postos), Administração Pública (-105 postos) e Extrativa Mineral (-37 postos). Agropecuária apresentou resultado positivo (+2.798 postos).
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2015, cinco setores registraram saldos negativos: Construção Civil (-14.783 postos), Comércio (-6.761 postos), Serviços (-3.785 postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-168 postos) e Extrativa Mineral (-32 postos). Três apresentaram saldos acumulados positivos: Agropecuária, Ext. Vegetal, Caça e Pesca (+7.419 postos), Administração Pública (+1.567 postos) e Indústria de Transformação (+104 postos).
Análise regional – A Bahia encerrou 7.419 postos, ocupou a 8ª posição no saldo de postos de trabalho, dentre os estados da Região Nordeste, e a 22ª posição no Brasil em maio de 2015. Na Região Nordeste, o estado com o pior saldo foi Alagoas (-9.627 postos), seguido por Bahia (-7.419 postos), Pernambuco (-7.303 postos), Sergipe (-4.046 postos), Paraíba (-2.125 postos), Ceará (-1.679 postos), Rio Grande do Norte (-1.405 postos) e Maranhão (-1.262 postos). Dos nove estados da Região Nordeste, apenas o Piauí, com +63 postos, totalizou saldo positivo.
Acumulado do Ano – No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a Bahia apresentou um saldo de emprego da ordem de -16.439 postos de trabalho, isso levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. Bahia ocupou a 22ª posição no país. Este resultado fez com que a Bahia ocupasse a sétima posição na geração de empregos no Nordeste. Pernambuco (-63.121 postos) foi o que mais postos eliminou no mercado formal de trabalho nordestino, depois Alagoas (-24.945 postos), Bahia (-16.439), Ceará (-13.305 postos), Paraíba (-12.333 postos), Maranhão (-9.250 postos), Rio Grande do Norte (-7.736 postos) e Sergipe (-6.013 postos). Dos estados do Nordeste, Piauí foi o único que apresentou um total acumulado positivo nos cinco primeiros meses de 2015, com a criação de 800 postos de trabalho com carteira assinada.
Análise RMS e Interior – Analisando os dados referentes aos saldos de empregos distribuídos dentro do estado da Bahia, em maio de 2015, verifica-se que o resultado do emprego foi negativo na RMS e positivo no Interior. De forma mais precisa, no Interior foram gerados 719 postos de trabalho, e na Região Metropolitana de Salvador encerrou-se 8.138 postos de trabalho celetista.
Quanto ao saldo de emprego, de janeiro a maio de 2015, o estado encerrou 16.439 postos. Enfatiza-se que a participação do Interior do estado na criação de empregos formais foi positiva, enquanto a RMS registrou o encerramento de postos. Enquanto o Interior gerou 3.436 postos, a RMS perdeu 19.875 postos de trabalho com carteira assinada.
Análise Municipal – Em maio de 2015, os municípios que tiveram os menores saldos de empregos formais foram: Salvador (-4.403 postos), Lauro de Freitas (-3.260 postos) e Feira de Santana (-595 postos). Por outro lado, Lajedão (+791 postos), Eunápolis (+603 postos) e Juazeiro (+458 postos) destacaram-se na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia.